PARTE II - Capítulo 7: Um Max Apaixonado

E eu estava apaixonado novamente...

Definitivamente, Nic era coisa do passado. Agora eu tinha outra garota em minha cabeça. A doce Babi. Nic era muito extrovertida, direta e, de certa forma, agressiva. Já Babi era meiga e inteligente. E tinha aqueles olhos amarelos... E o sorriso que parece ser capaz de desarmar as pessoas.

Passei o sábado pensando nela. Relembrando o dia em que nos conhecemos. As partidas de RPG. E a festa da noite anterior. Sempre uma festa? Curioso pensar que eu não curto muito festa e pela segunda vez seguida, me apaixono em uma. Bem, talvez isso não seja bem verdade. Nos dias que antecederam aquela festa do 1º ano eu já estava gostando de Nic, mas não tinha consciência do fato. Agora não. Até a noite passada, eu estava achando a Babi legal, mas não sentia nada.

Após muitas reflexões chegou o domingo. Fui encontrar com a galera pra jogar RPG, como de costume. Consegui sentar do lado dela na partida. Ela estava de jeans e blusa preta. Em um momento da partida, meu personagem ficou preso em uma masmorra e eu não podia fazer muita coisa, então fiquei mexendo no cabelo dela, enquanto o pessoal jogava. Enquanto passava minhas mãos através dos fios sedosos de cabelo, pensava que eu não podia deixar mais essa oportunidade passar. Decididamente, eu tinha que deixar a timidez de lado e agir. Mas como? O que fazer?

Quando acabamos o jogo, falei com Gary baixinho:

— Gary, eu quero falar contigo, pode ser?

— Beleza, velho. Deixa só a galera sair.

E quando todos tinham ido eu comecei:

— É que eu acho que tou gostando da Bárbara.

— Caraca! É sério?

— Pois é.

— Que maneiro, meu irmão!

— Pois ééé...

— Vou te dizer, e eu tou afim da Julianne!

— Eita!

— Essa semana vou falar com ela.

— Vai??

— Claro, ué? Você deveria fazer o mesmo.

— Hmm...

— Chama ela pra conversar e diz que gosta dela e quer namorar com ela, pô! Aí é só ver o que ela vai dizer.

— Mas...

— Se ela disser que não tem nada a ver, então você deixa pra lá. Mas ao menos vai ter tentado.

— Verdade...

E fui pra casa pensando nessa possibilidade. À noite, liguei para Mi.

— Oi, Mi.

— Max! E aí, tudo em cima com a Bárbara?

— Hahaha! Tá tudo bem entre nós sim, mas eu não sei como agir.

— Como não sabe? Você tem duas opções claras e óbvias!

— Quais?

— Ou você fica na sua caladão aí e deixa a oportunidade passar, ou você diz a ela que gosta dela!

— É... acho que você está certa. Tenho que contar a ela.

— Faça isso!

— Mas como?

— Ah, chama ela pra tomar um sorvete, qualquer coisa assim, e aí você diz.

— Mas como eu digo?

— Puxa, Max, só abra seu coração. Mas não seja melodramático. Basta dizer algo do tipo "Bárbara, eu estou gostando de você. Queria saber se você sente algo, pois quero namorar contigo".

— Certo... Vou ter que criar coragem!

— Desencana! O que acontecer, aconteceu. Só não deixe de tentar.

— Tá! Brigadão, Mi.

— Boa sorte, hein?

— Vou indo. Beijo.

— Beijão, se cuida!

Hmmm... sorvete? É, quem sabe?

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