Fiquei chateado por não ter tido boas chances na II Mega-Gincana, mas bastou vê-la na segunda seguinte para me satisfazer. Ela está sozinha há algum tempo, começo a pensar que após aquele passeio no lago ela notou que eu sou um cara legal. Preciso de uma oportunidade para tentar novamente!

Passados alguns dias, saí no intervalo procurando segui-la, como já tinha se tornado um costume meu, e a surpreendi numa conversa aparentemente agradável com um cara alto e forte que eu sabia ser do 3º ano!

Eles estavam sentados no jardim, num banco sob uma árvore frondosa. O cara gesticulava e ela ria abertamente. Passei três minutos imaginando uma maneira de me aproximar e ouvir o assunto sobre o qual falavam. Então vi Isabelle se aproximando do lugar, por trás da árvore, e corri para onde ela estava, pensando numa desculpa para conversar naquele exato local.

— Isabelle!

— Oi, Max. Tudo certo?

— Sim, Sim. É... você copiou a matéria de biologia hoje?

— Copiei sim, você não?

— É que eu estava com dor de cabeça e preferi não copiar.

Enquanto ela refletiu sobre minha resposta, ouvi Nic dizer ao cara:

— Ah, Paul, eu não sei. Prefiro pensar um pouco.

Mal ouvi essa frase e Isabelle falou novamente:

— É, eu copiei sim, posso te emprestar meu caderno hoje.

— Ok, ótimo. Valeu!

Saí o mais vagarosamente que pude, ouvindo mais um trecho da conversa:

— Pois é, gata, se você decidir por sim, basta me procurar. Estou à sua disposição a qualquer hora. Anotou meu celular, né?

— Anotei sim, Paul, pode deixar.

O que significaria isso? Não queria admitir, mas me parece que o tal Paul deu uma cantada nela e ela ficou de pensar e dar a resposta a ele. E pelo visto o cara tá apaixonado, porque disse que estava livre para ela a qualquer hora! Grrr, que imbecil!

Por que tantos caras têm que entrar no meu caminho?

Nos quinze dias que se seguiram a vi conversando com o Paul umas duas vezes. Temi que ela tivesse decidido aceitar, mas aparentemente não foi o caso, pois não os vi namorando. E uma vez que consegui novamente chegar perto ouvi apenas ele dizendo:

— ... tenho certeza que você vai gostar, vale a pena tentar!

— O que você acha, Jamie?

— Sei lá, já enchi o saco dessa mina.

— Não fale assim de Nic!

— Ah, pô! Me parece que ela gosta é de se ver rodeada de machos!

— Não é isso! Você que não entende! Ela é muito linda e simpática, por isso os meninos grudam nela feito moscas! Não é, Cleve?

— Eu não sei de nada, Max. Ela parece mesmo muito simpática, mas ela também me parece um pouco metidinha.

— Bah!

— Max, cara, desencana dessa! Essa menina num tá com nada, saca?

— Max, eu não acho que o Jamie esteja totalmente certo, mas não sei se vale a pena você insistir nisso. Ela já deu muitas provas de que não está interessada em você.

— Cleve, as pessoas mudam de opinião, sabia? Elas podem ser conquistadas. Eu sei que ela pensa diferente a respeito de mim agora. Eu noto isso.

— Nota como?

— Ah, você não vê? Tipo, na excursão, ela quis passear comigo no barco e aceitou meu carinho nos seus cabelos.

— É, Max, pense como achar que deve. Você até pode estar certo.

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