PARTE I - Capítulo 53: Um Natal Feliz

Dois dias antes do Natal saiu o resultado do vestibular. Eu fui o 6º colocado!! Michelle passou também, na 25ª posição, para Medicina Veterinária. Nic queria cursar Fisioterapia, mas não foi aprovada. E Isabelle passou numa das últimas posições para Engenharia Elétrica. Vi todos esses resultados na Internet, claro. Liguei pra parabenizar Michelle e também para Isabelle. As duas igualmente me felicitaram bastante!

E então chegou o Natal. Acertei com Michelle dela chegar na minha casa em torno das 20hs. Quando a telefonei, perguntei se não era problema para os pais dela ela vir passar o Natal na minha casa, comigo e com minha mãe. Ela me contou que tem um irmão e uma irmã, e que seus pais têm mais companhia que eu e minha mãe, e que eles não fizeram objeção dela vir.

Eu fiquei pronto às 19h30min e passei esses minutos restantes organizando meu quarto para mostrá-la, essas coisas. Às 20h10min ela buzinou do lado de fora. Abri o portão.

— Olá! Feliz Natal!

— Oi, Max!! Feliz Nataaaaaal!!!

Me abraçou forte.

— Puxa, tou tão feliz que ambos tenhamos passado no vestibular!

— É, foi muito bom!

— Olha, hoje é Natal, e eu não vou deixar você falar sobre certas pessoas que não te merecem! Agora me chama para entrar que quero conhecer sua mãe!

Minha mãe estava na cozinha preparando suas delícias de Natal!

— Mãe, essa é a Michelle!

— Olá! Tudo bom? Nossa, você é linda!

— Obrigada!

— Desculpa nem falar com você direito, estou com as mãos sujas de pegar nessa carne!

— Ah, sem problemas.

— Bom, vão conversar que já já eu ponho a mesa. Ah! Max, pegue refrigerante pra vocês dois.

Peguei refrigerante e nos sentamos no sofá da sala para conversar besteiras.

— E então, Max, tá animado com a facul? Ainda temos um mês e meio de férias antes das aulas, né?

— Ah, tou animado sim! Até comecei a ler umas coisas sobre jogos na net!

— Puxa, deixe isso pras aulas! Curta suas férias, menino!

— Hahaha! Mas eu gosto do assunto e estou empolgado, ué?!

— Tá bom!

E continuamos nesse ritmo de conversa mais um tempo, até que mãe nos chamou para jantar!

Durante a ceia, eu praticamente não falei enquanto mãe e Michelle conversaram sobre os mais diversos assuntos. Fiquei contente por mãe gostar de Michelle. Ela é uma pessoa tão legal! É tão bom ter um amigo de verdade!

Depois da ceia e da sobremesa (um mousse de chocolate), fomos conversar mais bobagens!

— Vem conhecer meu quarto!

— Oba!

— Vê se não repara na bagunça, hein?

Mostrei-a meus velhos pôsteres de filmes do Bruce Willis, meu computador e meu videogame. Por fim sentamos na minha cama.

— Max, eu...

Ela subitamente se calou e eu fiquei estranhando esse início de conversa.

— Hum?

— Eu, alguns meses atrás, pensei que poderia me apaixonar por você.

Não respondi.

— Mas felizmente eu percebi a tempo que o que eu sentia por você era uma forte amizade, e não outra coisa.

— Que bom!

Ela segurou então minha mão.

— Você é meu melhor amigo, Max.

— Você também, Mi. Eu nunca pensei que fosse tão bom ter um amigo de verdade! Você é muito especial para mim.

Então ela me abraçou forte, deu um beijo na minha face e disse:

— Vamos nos ver sempre ano que vem, hein?

— Vamos sim! Você gosta de cinema?

— Adoro!

— Então toda vez que eu for, te chamarei para me fazer companhia!

— Ótimo! Ei! Espera aí, você me chamou de Mi?

— Eita! Acho que foi.

— Hmm. Tá bom, eu deixo você me chamar assim.

Esse foi o melhor Natal da minha vida até então.

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